Tudo começou em 2016 quando eu descobri que meu filho caçula recém-nascido era alérgico e que se quisesse continuar amamentando teria que mudar radicalmente meus hábitos alimentares. Não tive dúvida, embarquei na aventura de aprender a cozinhar com segurança e escolhendo criteriosamente cada ingrediente trazido para a minha cozinha.
Foi uma batalha corajosa que se transformou em prazer, estreitou laços de amizade com outras mães, desconstruiu o que eu sabia na cozinha e me devolveu tudo inclusivo e delicioso. Inclusivo porque é justo que o alérgico possa ter acesso a uma mesa repleta de alimentos que não causem danos à saúde dele. Delicioso porque ninguém quer abrir mão do real sabor dos alimentos, das guloseimas nas datas comemorativas, e nós não somos diferentes.
Quase três anos depois, nova surpresa, investigávamos um atraso de fala e o diagnóstico de autismo foi fechado. Foi outra maratona para aprender o máximo possível sobre neurodiversidade a fim de poder dar suporte e estimular o desenvolvimento do menino em casa, entre uma sessão de terapia e outra.
Como aqui tudo vira hiperfoco, mergulhei novamente na aprendizagem e cá estamos, uma pós-graduação em Neuropsicopedagogia e alguns outros cursos depois.
Entre, fique à vontade, vamos conversar sobre respeito e inclusão, agora em um contexto mais abrangente. Todas e todos merecem, não é mesmo?