A Escola vazia

Ver a escola vazia e mesmo assim tão colorida me emociona. A educação infantil me desperta lembranças sensoriais que eu gostaria de compartilhar. Sinto o cheiro de material escolar, o aroma e a textura da massinha de modelar, lembro do amarelo do quindim que a minha mãe me levava no intervalo do trabalho dela, que era na mesma rua do jardim de infância. Comecei a comer quindim quando deixei de ser alérgica a ovo. Fazia pouquíssimo tempo, então. Aquela demonstração de carinho amarelo brilhante fez com que a cor se tornasse a minha favorita até hoje. Amarelo = alegria.

Retorno da viagem no tempo e olho para a escolinha atual. Ela estará lá quando os pequenos puderem voltar. Um ambiente de cores e cheiros que clamam para serem desfrutados sem máscaras. Por inteiro. Há um outro aprendizado em curso agora, que são os motivos pelos quais chegamos aqui. A importância de cuidar de si para cuidar do outro. Cuidar do outro para cuidar de si, porque ninguém é uma ilha.
Como disse Paulo Freire: a leitura do mundo precede a leitura da palavra.

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